sábado, 27 de novembro de 2010

Tratamento sintomático

Há muitas pessoas doentes por aí... umas procuram um médico outras se auto-medicam, algumas não sabem que estão doentes e há também aquelas que não querem acreditar que estão, ou então fazem vista grossa...

Um(a) jovem com câncer, por exemplo, quando diagnosticado no princípio, as possibilidades de cura total são relativamente altas, entretanto quanto mais tempo demorar mais ele vai se alastrar e atingir áreas novas, novos órgãos até entrar em metástase¹. Porém muitas pessoas começam a sentir dores oriundas da doença, os sintomas são perceptíveis, entretanto, toma-se um analgésico, de Neosaldina a Buscopan, e a dor é aliviada, e rotina continua... Ou seja, trata-se a consequência, o sintoma, e não a causa do malefício. Um dia essa pessoa percebe que os sintomas estão se agravando, e cada vez mais esta precisa de tomar remédios mais fortes, sente tonturas, desmaios, etc... 

Aí a pessoa diz consigo mesma: "Isto não é normal, será que é só comigo?" Então um doente procura outro doente, e este por sua vez diz que sentia dores assim, tomou algumas ervas naturais e passou, que isso sempre aconteceu com ele, mas isso passa, isso são "coisas da idade", pode um desequilíbrio hormonal, alergia, ou então quando não se tem nada exato a se dizer diz "isso deve ser uma virose"... (detalhe, é impressionante como quando não sabem o que é exatamente, dizem que estamos com virose, até os médicos fazem isso). 


O tempo foi passando e o câncer crescendo, porém sem o indivíduo ter a ciência da gravidade do problema, até que enfim procura um médico, devido a alguns problemas respiratórios e muita tosse, este a interroga sobre os sintomas, faz alguns exames de praxe, entretanto, ouve a respiração e percebe o peito chiando e detecta um problema pulmonar, e após questionar consegue uma resposta de sintomas (tosse, dor pleurítica, febre acima dos 38ºC e escarro purulento) se tratava de pneumonia. O paciente  ao invés de dar todo relatório e retrospectiva ao médico, ele só conta uma parte da história e dos sintomas (tudo indicando uma pneumonia bacteriana) e após uma radiografia toráxica e confirmada a doença secundária, o paciente satisfeito com o relatório do médico vai embora feliz com seu problema "resolvido".

O médico fez um diagnóstico correto, porém não completo, seria por falta de recursos ou equipamentos, inexperiência no assunto, ou por as informações e sintomas relatados não serem suficientes?
Pois é, a pneumonia foi tratada tomando Azitromicina uma vez ao dia (500mg no 1ºdia e 250mg nos 4 dias seguintes) e o paciente curado.

O problema está no médico apressado em solucionar rapidamente o problema ou no paciente, que na ânsia de ser curado relata apenas alguns sintomas posteriores, entretanto sem relatar todos os antecedentes e sintomas do câncer até então desconhecido?

A Pneumonia foi curada, entretanto e o câncer continua se desenvolvendo no seu abdome, e esta tomando cada vez mais analgésicos, actívia, lacto-purga, chá de boldo... 
Porém, uma semana após tomar um banho de chuva na madrugada, as dores torácicas voltaram, a pessoa então entende que é Pneumonia de novo, e vai se auto-medicar (não façam isso), mas esta não estava com uma Pneumonia e sim com um novo tumor só que agora na região pulmonar, o câncer entrou em metástase e espalhou pelo corpo.

Voltando ao médico novamente este pedindo uma Radiografia percebe o tumor e encaminha ao Oncologista, o qual (após uma tomografia computadorizada) não se anima muito, visto existirem vários tumores que após biópsia foram confirmados a sua malignidade...

Se essa pessoa enferma não fizesse um tratamento sintomático (de apenas aliviar as dores) procurasse um médico e fornecesse todos os dados e sintomas, sem em nada omitir, ela teria se tratado desde o início, poderia ser um choque, mas enfrentaria o problema de frente e faria todo tratamento necessário sendo curada, entretanto preferiu os 'achismos', omitiu-se, não quis saber a real situação, e hoje continua doente, e a luz da medicina, só um milagre para salvá-la! Mas os milagres existem, Jesus pode mudar esta história, somente Ele!

Pessoal, o pecado é semelhante a este câncer, ele começa pequeno vai crescendo até tomar conta da pessoa, a qual vai perdendo as forças e a vontade de viver, tenta se refugiar nas coisas deste mundo, procura tratar o sintoma com outro pecado e os problemas vão só se agravando. E semelhantemente ao câncer, o pecado também começa a afetar outras áreas da vida da pessoa, causando frustrações, desespero... o pecador então começa a ignorar o problema, faz de conta que não é com ele, ignora o que os outros dizem, ouve apenas o que não o faz mudar de vida (faz os tratamentos sintomáticos). 

A primeira coisa que o doente precisa fazer é reconhecer a doença (pecado) e tratá-lo na raiz, combate-lo fortemente sem piedade, até destruir todo aquele câncer que começou a fazer parte da vida desta pessoa, o tratamento é doloroso, sai algo que está em você mas não pertence a você, mas talvez o pecador nem sem lembra quando este surgiu, pensa até que faz parte dele...

O pecador precisa encarar o pecado de frente, arrepender-se, mudar de vida radicalmente e fugir do pecado, um pecado não se resolve cometendo outro, assim como uma pneumonia ou câncer não são combatidos com uma AIDS! Pelo contrário a tendência é piorar e consequentemente a morte!
Não seja carinhoso ou amistoso com pecado, pois as consequências dele são agravantes e devastadoras! Todavia se você estiver doente ou sem forças, Jesus é o médico dos médicos, e os servos dEle, os seus enfermeiros. Jesus opera e cura! Mas você tem que se deixar ser tratado por completo, ainda que doa! Confie no médico, conte tudo pra Ele, não omita em nada e deixe-o tratá-lo(a). 

Não sei se consegui ser claro, mas ainda que doa, encare o problema, renconheça o pecado, arrependa-se, clame pelo Salvador e deixe-o agir,  por fim, mude de vida para que o segundo estado não seja pior que o primeiro!

Caso não entenda, pode me enviar um email: wellingtondf@gmail.com

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Metástase¹ - Movimento ou disseminação de tecidos doentes de um órgão para outro. A disseminação da doença ocorre através da corrente sangüínea, do sistema linfático ou outros líquidos. Podem se desenvolver tumores secundários em outras partes do corpo, ou as células de câncer podem se alastrar aos tecidos adjacentes. Isto implica que as células neoplásicas se desprendem do tumor primário, caminhando através do interstício - ganham assim uma via de disseminação - sendo levadas para um local distante onde formam uma nova colônia neoplásica.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Casar pra quê hein?


Embora esteja solteiro, tenho pensado sobre casamento... refletindo, questionando, procurando ver não o que os outros dizem mas o que o Senhor diz, e qual é o propósito deste, visto que muitos casamentos estão ruindo... Neste momento não tenho pesquisado sobre o tema fora da bíblia, mas algumas conclusões tenho tirado, pelo que tenho visto, ouvido e percebido.

Então, há muitos mitos e motivações erradas com relação ao casamento que levam as pessoas a se casarem, vou apenas listar três:

1º "Quero casar para ser feliz"
Tenho pena de você, primeiramente por estar sendo egoísta e esta é uma das grandes atitudes desagregadoras no relacionamento, visto que o casamento está baseado no amor e este não pode ser egoísta, amar é dar-se um ao outro.

2º" Vou casar para fazer meu cônjuge feliz"!
Olha, embora seja bem mais linda e altruísta que a primeira idéia. Você não nasceu para ser a madre Tereza de Calcutá no casamento, e, além do mais os conceitos de felicidade são muito relativos, e em diversos momentos não há o que você possa fazer para fazer o outro feliz! E quando há uma descriminalização de estímulos, ou seja, você faz muito e é pouco retribuído, você vai murchando e esfriando.

Vou casar para ter uma vida sexual ativa, sem pecado!
Se a sua motivação está apenas centrada nisso, é bom nem prosseguir. Sexo não segura casamento (embora há quem diga que a falta deste faz o relacionamento entrar em crise). Entretanto, uma vida conjugal não pode estar baseada numa cultura hedonista, e também há momentos difíceis de lidar, os quais fazem os relacionamentos se desestruturar.

Para compreendermos o porquê de nos casarmos precisamos entender qual é causa da criação do homem, assim descobriremos qual é propósito de Deus para o casamento e para a família!
Deus, o Criador, fez o homem (ser humano) para sua glória, homem e mulher, para completar com chave de ouro a criação, e ambos, tornando-se uma só carne com a consumação do casamento. Ou seja, o propósito do casamento é glorificar a Deus, o resto é acessório e vem de tabela! 

Quer concluir algo certo? Comece certo! Quer começar um relacionamento, tenha em mente então que o propósito do mesmo é glorificar a Deus, e, através de suas atitudes os outros também dêem glória ao Criador. Lembre-se, Ele criou e sabe o que faz, portanto vale a pena permanecer no propósito da criação, pois toda e qualquer mudança ou alteração do "propósito de fábrica" caracteriza-se em um desvio de função o qual acarretará em desgaste do relacionamento e na falência do relacionamento, frustração! E sem contar que quando um casal faz a vontade de Deus, a alegria é um fruto que vem do Senhor e esta estará sobre o casal! 

O que realmente consolida o casamento é o amor tanto ao conjuge quanto a Deus, e o amor é sofredor, paciente, benigno, não arde em ciúmes, não se ufana e nem se ensoberbece, não busca seus próprios interesses, e é perdoador. E para ambos relacionamentos (seja vida cristão ou conjugal) a fidelidade é exigida, e estes estão entrelaçados. Se não sou fiel ao meu cônjuge não estarei sendo fiel a Deus. 

Vale a pena confiar, vale a pena esperar, vale a pena agradar ao Senhor!
A Ele seja a honra, a glória, a força e o domínio, eternamente!

O sentido de nossas vidas, a razão de existirmos é glorificarmos a Deus e deleitarmos nEle!


"Deleite-se (tenha prazer) no SENHOR e Ele satisfará os desejos do vosso coração." (Sl 37.4)

sábado, 20 de novembro de 2010


"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine." 
(1 Co 13:1)


Ultimamente tenho estudado grandes pensadores, em especiais filósofos alemães do século XIX, e talvez os estudos relacionados a Hegel, me fazem refletir sobre o amor... Afinal de contas o que é o amor?
Tão simples e tão complicado de explicar... Não filosofarei e nem delongarei neste, mas se o amor que conhecemos se resume ao que sentimos por nossos pais, amigos ou por um(a) companheiro(a), na realidade não conhecemos o verdadeiro amor.. temos apenas um sentimento falho e guiado por um enganoso coração!

Como poderemos dizer que amamos a Deus se não amamos quem está ao nosso lado, ou pior, dizemos que amamos o nosso irmão, mas nossas atitudes são meramente egoístas... este é o pior de todos, o que pensa e diz que ama! 

Imanuel Kant, além do imperativo categórico, dizia muito acerca da dúvida, duvide, duvide de si mesmo, questione-se, examine-se, veja se realmente o seu proceder está de acordo com a vontade de Deus, se os pensamentos estão de acordo com os de Cristo ou se simplesmente fizemos um senso próprio de justiça para justificar algumas atitudes aceitáveis para aqueles que nos rodeiam, porém não é para Deus.

Eu quero conhecer o amor e amar de uma forma que agrade a Deus, não como o mundo ou o senso comum diz, mas como uma forma de adoração, de querer parecer como o Mestre, nem que seja se inconformar-se consigo mesmo e tentar!


O egoísmo é um dos principais inimigos do verdadeiro amor...
Examinemo-nos, pois o verdadeiro amor é principal marca de quem nasceu em Cristo!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Você ama,então demonstre...!


“Sabia que eu amo você?” Ah é... Então demonstre!

Sabe aquelas situações em que você sempre está ouvindo de alguém uma declaração ou uma sentença de amor? Muitas vezes nós cansamos desse tipo de declaração.. mas por quê? O simples fato de uma pessoa dizer algo não implica dizer que este é o real sentimento da pessoa, ou seja, é muito fácil dizer “eu te amo”, o difícil é amar de verdade. Não queremos apenas palavras, queremos atitudes, gestos de amor, algo que realmente demonstre esse amor.
Como diz um trecho daquela canção More than words:

Dizer "eu te amo"
Não são as palavras que quero ouvir de você
Não é que eu não queira que você diga
Mas se você apenas soubesse
Como seria fácil mostrar-me como você se sente

Mais do que palavras
É tudo o que você tem que fazer para tornar isso real
Então você não precisaria dizer
Que você me ama porque eu já saberia
[...]

 Agora, faço-lhe uma pergunta: Você ama a Deus? Então prove este amor..! Pois assim como num relacionamento afetivo há demonstrações reais de amor, no relacionamento que temos com Deus também há provas.

Olhe só esta declaração de Deus: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mc 7.6b). Conseguiu fazer alguma correlação? Pois é.. Jesus é o noivo e nós (igreja) somos a noiva, e quantas vezes fazemos declarações de amor, cantamos, oramos, etc. Mas na realidade nosso coração está distante Dele, é semelhante aquela pessoa que diz que nos ama, mas você não percebe em suas atitudes algo que corrobora esta declaração.

Agora, imagine Deus, que sabe a real intenção de nossos corações?
É... quando nos aproximamos Dele cheios de palavras bonitas, mas na realidade nossa motivação é outra. O segredo está em nossa motivação. O que o leva a fazer algo quando não há público? O que você faz para alguém, mesmo quando esta nunca saberá se foi você quem o fez? O que passa em minha cabeça quando estou só, não há platéia, “ninguém” ficará sabendo disso, e de tudo que passou na cabeça que atitudes eu tomei? Pois é, em situações assim temos a oportunidade de demonstrarmos realmente o nosso amor, e quem verdadeiramente somos.  A chave da questão é que nestes momentos Deus está presente e vendo tudo, e Ele sabe o que fazemos por amor a Ele e o que fazemos por puro egoísmo.

O verdadeiro amor não é egoísta, não é você procurar alguém que o(a) satisfaça, mas é você satisfazer aquela pessoa, complementá-la, ser realmente uma benção na vida dela. Olhe para Cristo, em todos os momentos ele pensou na noiva, em todo tempo provou seu amor, ela não precisava da igreja, mas morreu por ela, e nós (eu e você) somos a Igreja .

Mas qual é a maior prova de amor que podemos dar a Deus? 
Palavras, gestos, canções, orações?
Definitivamente, não! Jesus disse que “aquele que o ama guarda os seus mandamentos” (Jo14), ou seja, é obedecer a maior prova. E para tal muitas vezes exige renúncia, reconhecer os erros, realmente arrepender e, entre agradar a qualquer pessoa, a si mesmo ou a Deus, você prefere agradá-Lo, ainda que doa... mas você prefere negar a si mesmo, os seus desejos e paixões e fazer a vontade dEle... isso tem um nome – atitude de amor, um gesto de adoração que Deus aceita!

Mas Deus sabendo que sou falho o que Ele quer de mim? Primeiramente Ele quer que reconheçamos as nossas falhas, que nos arrependamos, mudemos de atitude e provemos o nosso amor para com Ele! O Senhor quer que sejamos sinceros, este é um dos pilares para todo e qualquer relacionamento saudável!

Tanto Deus como nós estamos cansados de palavras de amor, queremos viver o amor verdadeiro, o qual não busca os próprios interesses, mas busca satisfazer a Ele, a pessoa mais amável do mundo, Jesus, o qual simplesmente nos amou.

 E afinal, o que Deus espera de nossa vida amorosa?
Tanto o homem quanto a mulher foram feitos para glorificar a Deus, o casamento não foi feito para satisfação mútua ou por hedonismo, mas para que os dois tornem uma só carne e suas vidas e o amor glorifiquem a Deus!

O propósito, o real sentido para nossos relacionamentos é glorificar a Deus.
Well, 13/11/10